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Nota de esclarecimento sobre a extinção das disciplinas de Domínio Conexo Fixo da Filosofia

Nota de esclarecimento sobre a extinção das disciplinas de Domínio Conexo Fixo da Filosofia

(Leitura e Interpretação de textos clássicos I e Filosofia Geral)

O Colegiado de Filosofia esclarece que a extinção das disciplinas de Domínio Conexo Fixo (DCF), Leitura e interpretação de textos clássicos e Filosofia Geral, foi o passo final de um processo cuja iniciativa não foi sua, como se exporá a seguir. Antes, porém, salienta que estas disciplinas continuarão a ser oferecidas para todos os alunos que ainda precisarem cumpri-las até 2020 ou enquanto os demais cursos não puderem prever em suas grades disciplinas equivalentes. Ressalta ainda que todas as disciplinas do curso, com exceção das específicas da licenciatura, continuam a ter um mínimo de 20% das vagas abertas para domínio conexo, ou seja, para todos os alunos do Campus.

De início, é preciso lembrar que o projeto inicial do Campus previa disciplinas de DCF nos cursos de Filosofia, Letras e Pedagogia. Por necessidades próprias dos seus projetos, os cursos de Letras e Pedagogia deixaram de oferecer as disciplinas de DCF a seu cargo, passando a oferecer apenas domínios conexos livres; o curso de Filosofia manteve as suas disciplinas de DCF.

Por razões diversas, a discussão sobre a pertinência das disciplinas de DCF do curso de Filosofia tem sido feita, de muitos modos, desde a fundação da EFLCH. Ainda que ela tenha ocorrido por diversas vezes e em diversas instâncias, essa discussão apenas agora teve um efetivo encaminhamento.

Em 2018, motivada inicialmente pela necessidade da Pedagogia de abrir espaço em sua grade para as disciplinas exigidas pela legislação, a Câmara de Graduação iniciou uma discussão sobre a manutenção ou não das disciplinas de DCF da Filosofia. Os encaminhamentos se pautaram na pressuposição, não inteiramente confirmada, de que, por fazer parte do projeto inicial do Campus, o curso de Pedagogia ou qualquer outro não poderia unilateralmente tomar qualquer decisão sobre as disciplinas de DCF de sua grade. Ou seja, que o DCF deveria ser extinto para todos os cursos do campus ao mesmo tempo.

Com o início dessa discussão na Câmara de Graduação, o Colegiado de Filosofia, levando em conta todo esse histórico e as dificuldades de adaptação dos alunos de filosofia ao seu próprio curso, aproveitou o ensejo para repensar toda a grade do primeiro ano da graduação, modificando-a tanto em termos de conteúdo como de método. Reformulação essa que passaria a exigir um número bem maior de professores para assegurar as disciplinas do primeiro ano. Tal reformulação somente poderia vir a ser implementada se as disciplinas do DCF fossem extintas, um vez que, ao contrário do que se pensa por vezes, o curso de Filosofia não tem maior número de professores que os demais cursos, embora liberasse, a cada semestre, de seis a sete professores para as disciplinas de DCF[1].

Entretanto, por apreço à ideia de integração entre os estudantes ingressantes que ocorre nas disciplinas de DCF, o colegiado de Filosofia formulou inicialmente uma proposta que foi levada à Câmara para ser encaminhada pelos coordenadores aos colegiados dos cursos. De acordo com essa proposta, as disciplinas de DCF deixariam de ser da responsabilidade do curso de Filosofia e, para preservar e reforçar o princípio da interdisciplinaridade, passariam a ser compartilhadas por todos os demais cursos. Assim, cada turma seria assumida pelo professor de um dos cursos e os alunos ingressantes seriam distribuídos entre estas turmas. Os títulos das disciplinas e sua estrutura comum seriam definidas por todos os cursos.

Essa proposta não foi aceita e, a partir de então, seguiu-se um longo processo, que não será detalhado aqui, que levou à extinção das disciplinas de DCF da Filosofia, numa aprovação que envolveu todas as instâncias da EFLCH. O Colegiado de Filosofia ressalta assim que não tomou uma decisão unilateral, mas que houve, a partir de discussão iniciada pela demanda de um dos cursos da Escola, uma decisão acordada entre todos os cursos.

Colegiado do Departamento de Filosofia (EFLCH) - 11/2019

[1] Salvo engano, cada curso possui o seguinte número de docentes: Letras: 68 docentes para 200 ingressantes; Ciências Sociais: 41 docentes para 120 ingressantes; História: 40 docentes para 120 ingressantes; Educação: 39 docentes para 120 ingressantes; História da Arte: 21 docentes para 50 ingressantes; Filosofia: 38 docentes para 120 ingressantes.

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